sábado, 23 de julho de 2011

IMPERIALISMO IMPÕE CNT COMO 'LEGÍTIMO' GOVERNO LÍBIO

Confirmando as denúncias do Comitê Antiimperialista. Os EUA reconheceram no dia 15 de julho ao Conselho Nacional de Transição como o legítimo governo da Líbia.

Desde o princípio da guerra este Comitê denunciou o papel contrarrevolucionário e golpista cumprido pelo CNT quando muitos apresentavam a criatura do imperialismo como a representação de uma legítima oposição revolucionária ao regime de Trípoli: “o imperialismo tenta tirar proveito da situação e se articula com a reacionária oposição monarquista e ex-membros do governo Kadafi para criar supostas forças revolucionárias na Líbia, o chamado Conselho Nacional de Transição, o qual reivindica a invasão imperialista contra seu próprio povo e comemora os bombardeios estrangeiros sobre seu país.” (postagem neste blog no dia 16/05/2011).

Agora formaliza-se a aventura golpista em solo Líbio, os que a grande mídia burguesa mundial projetou como “os rebeldes de Bengasi” em meio a propaganda de guerra são reconhecidos como governo para a chamada “comunidade internacional”.

O império impõe pela força militar, pela lei do cão, o CNT sobre o povo líbio passando por cima do próprio direito burguês internacional, ou seja de qualquer formalidade eleitoral, como faz sempre que lhe é conveniente. Trata-se de uma medida ao mesmo tempo draconiana e desesperada do imperialismo que, embora fulmine constantemente aos bairros de Trípoli tentando exterminar através dos bombardeios da OTAN toda resistência antiimperialista bem como tenta executar aos representantes do governo Gadafi, até ontem reconhecidos como aliado pela Casa Branca, não conseguir avançar sobre o terreno militar e busca reconhecer a toque de caixa um direito de seus peões em solo líbio a negociar (entregar) em nome da nação líbia o petróleo e as demais riquezas do país, operacionalizando a rapina. Todavia, esta medida nem de longe significa que a fatura está liquidada, que a guerra foi ganha e que a rapina está garantida para o império. Basta ver a guerra que ocorre no Afeganistão e no Iraque (ou na Palestina onde a invasão imperialista dura mais de seis décadas) onde, com tropas e os exéricitos mercenários muito mais numerosos, a ocupação militar sobre o conjunto do território destes países enfrenta uma resistência indomável que realiza uma batalha diária contra os invasores. A última palavra será dada pela resistência da população líbia à ofensiva imperialista.

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